quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Ônibus 147

O documentario de José Padilha, “Onibus 174” narra a historia de Sandro do Nascimento mais conhecido como Mancha, característica que marcava seu rosto.
Sandro aos seis anos de idade viu sua mãe ser degolada, depois de um tempo com parentes foi morar na rua.
Em sua adolescência viveu o horror da chacina da Calendária no Rio de Janeiro, onde sete meninos e um jovem, todos moradores de rua, foram assassinados a tiros.
Sandro foi preso algumas vezes, mas fugiu em todas elas.
Na tarde de 12 de junho de 2000 Mancha subiu em um ônibus da linha 147 com o intuito de realizar um assalto, quando a Policia Militar intercepta o ônibus que ia pela rua Jardim Botânico.Ele carregava uma arma calibre 38 nas mãos.
Com essa situação Sandro se viu encurralado acreditando que sua única saida seria fazer pessoas de reféns, escolheu então dez pessoas entre elas Janaina Lopes Neves, 23 anos; e Geisa Firmo Gonçalves, 20 anos.
O sequestrador em desespero usou todas as formas para sair dessa historia em que havia entrado, resolveu então pedir aos policiais um motorista para dirigir o ônibus e armas, ameaçando matar seus reféns a partir das 18 horas se eles não o obedessessem.
Sandro usou Janaina como um escudo e obrigou a moça a repetir tudo o que ele mandava. Janaina escreveu varias frases usando um batom no vidro do ônibus, o tempo todo ele faz desafios aos policiais e apavora suas vitimas.
E entre ameaça, desespero e tentativa de acordo, havia também fotografos, reporteres, cinegrafistas e claro, os curiosos.Tudo estava sendo acompanhado pelo Brasil inteiro, atraves de radio, tv entre outros.
Sandro de alguma forma estava sendo a “celebridade’’ do momento, a mídia inteira estava voltada à ele, o que colaborou com que o sequestrador desse mais ênfase a sua história fazendo assim simulações de morte, o que fez com que os policiais pensassem até em invadir o ônibus.Tudo isso aconteceu por mais ou menos umas quatro horas.
Ás 18h50min, aconteceu o inesperado, Sandro resolveu descer do onibus carregando como escolta a Professora Geisa.
Quando os policias do Bope (Batalhão de Operações Especiais) perceberam que ele havia descido um deles agiu precipitadamente e com sua submetralhadora, ele tentou atirar em Sandro, que como um reflexo, percebeu a ação e de alguma forma quem levou o tiro foi Geisa.
Não se sabe ao certo se o tiro do policial acertou na moça ou se Sandro ao cair teve tempo suficiente para isso.
Sandro foi levado para o camburão e Geisa para uma ambulância.
Algum tempo depois Sandro e Geisa estavam mortos.
O documentario foi feito com imagens se emissoras de televisão e também gravações próprias mostrando todo o processo do sequestro como também a tragetória da vida de Sandro e depoimento de conhecidos, familiares e até policiais que participaram de toda a operação.

Caroline Medina

Orson Welles e a Guerra dos Mundos

A Guerra dos Mundos é um livro de ficção escrito por H. G. Wells e conta a história de extraterrestres vindos de Marte para atacar o planeta Terra.
E um dia antes do Hallowen de 1938 inspirado no livro de Wells, Orsen Welles narrou essa história para os ouvintes da rede CBS e causou grande alvorosso nas cidades e áreas rurais, pois muitas pessoas não notaram que era apenas uma história de ficção.
De uma certa maneira e por causa de vários fatores a audiência da rádio aumentou muito e perceberam assim a força da existência da rádio que perdia em audiência para outra rádio a NBC.
Welles causou propositalmente essa agitação nas cidades pois marcou o intervalo da rádio concorrente e começou com sua narração causando um efeito tão grande que nem ele mesmo esperava.
Foi considerado assim um dos momentos mais marcantes da história da comunicação de massa pois mostrou o quanto a mídia tem infuência sobre as pessoas que de uma forma ou outra foram manipuladas pelo plano genioso e ao mesmo tempo maldoso de Orson Welles.

Fontes: http://www.bokadoinferno.hpg.ig.com.br/romepeige/artigos/orson.html
http://www.planoaplano.com.br/diretores/welles.htm

Caroline Medina

Resenha de “Sobre Ética e Imprensa” de Eugênio Bucci

A obra de Eugênio Bucci baseada no trabalho de Paul Johnson, historiador, ensaísta e jornalista escreve artigos sobre ética na revista Spectator e tem sido referência para o mundo todo que foi escolhido pela sua forma simples de escrever.Ele analisa os erros freqüentes do jornalismo e através disso lista sete pecador capitais e também dez mandamentos.
Além de Johnson outras listas de pecados foram sugeridas, entre elas a de Marcelo Leite que cita: Fernandohenriquistmo, Vazamentismo, Offismo, Retranquismo e por fim Egocentrismo.
E tem também a lista de Marcondes Filho que cita doze pecados, mas que diferente de Marcelo Leite, Marcondes tem uma visão de quem está fora de uma redação.
Os sete inténs listados por Johnson são: Distorção, deliberada ou inadvertida; culto das falsas imagens, invasão da privacidade; assassinato de reputação; superexploração do sexo; envenenamento das mentes das crianças e abuso do poder.
O primeiro, distorção deliberada, “é a mentira deslavada e consciente”. E é ainda mais grave quando isso acontece na tv, pois além de ser grave em si seria muito mais difícil um outro meio de comunicação corrigir o erro e ter a mesma reação e mesmo público do meio televisivo.
Os jornais impressos também cometem o erro de distorção deliberada, mas tem garantia de sair imune diante da situação. Por isso seria muito difícil combater esse erro.
Já a distorção inadvertida é menos grave e pode ser evitada. Trata da notícia incompleta e publicada com a pressa movida pelo desejo do furo jornalístico que corre o risco de ser uma noticia falsa e errada.
O segundo pecado fala da forma como o entretenimento está presente nos meios televisivos, tornando o âncora um modelo de carisma. Jornais e revistas também não fogem ao culto das falsas imagens.
O terceiro pecado é a busca da intimidade alheia para vender notícia e consequêntemente trazer audiência, mesmo sabendo que é anti ético.
O quarto é nada mais do que a consequência de cometer o primeiro pecado, distorção deliberada ou inadvertida, que destrói a reputação da pessoa ou da empresa e pode nunca mais ser readmitida.
O quinto é a exposição de algo que deveria ser sensurado e a empresa jornalística ao invés disso acaba vendendo “mau exemplo” ás crianças, pois não é interessante e um bom exemplo que os pais gostariam para seus filhos.
O sexto pecado é totalmente ligado ao quinto que não é um pecado somente da impresa e sim da cultura, mas mesmo assim a impresa poderia ser mais critica e dar mais importância a este assunto para combater assim o “envenenamento da mente das crianças” não vendendo marcas de cigarro entre outros.
E por último o sétimo pecado que desde que nomearam a imprensa de “O Quarto Poder” esta assumiu uma auto imagem poderosa e para haver uma boa imagem jornalística é preciso um equilíbrio para os meios de comunicação.
Para combater os sete pecados capitais Johnson criou também os dez mandamentos que são: Desejo dominante de descobrir a verdade; Pensar nas consequência do que se publica; Contar a verdade não é obstante, pode ser perigoso sem julgamento informado; Possuir impulso de educar; Distinguir opiniões pública de opinião popular; Disposição de admitir o próprio erro; Equilidade geral; Respeitar e honrar as palavras.
Por fim há três comentários no qual diz que não há definição entre ética para os meios de comunicação e ética para o jornalismo. Uma é direcionada ao entretenimento e a outra ao interesse do telespectador.
Então deve haver harmonia e uma forma honrosa de se portar diante do público e entre os próprios jornalistas e imprensa.

Caroline Medina